Evento teve como intuito dar boas-vindas aos novos alunos da graduação em Tecnologia em Gestão Hospitalar
Na noite da última terça-feira, 12 de agosto, os alunos do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Hospitalar do Instituto de Ensino Superior da Associação Paulista de Medicina estiveram na sede da APM para participar da aula inaugural do semestre, com foco em “Inovação e Carreira na Gestão Hospitalar”.
Eles foram recebidos pelo presidente da APM, Antonio José Gonçalves, que relembrou que a atividade faz parte de um processo de reformulação que vem sendo feito no Instituto. “Hoje, o mercado de ensino é bastante competitivo. Sabemos que é preciso ser muito competente para ter um curso que forme pessoas e que esteja preocupado em ensinar. Isso é o mais importante para nós, que as pessoas saiam daqui modificadas, com posicionamento, postura e ética. Isso não só na Medicina, mas também na administração e na gestão, para todos da área da Saúde.”
O professor do IESAPM Rafael Souza Coelho descreveu o que é transformar a vida por meio da educação. “É se colocar no lugar do outro, ter empatia. Seja no ambiente hospitalar ou em uma clínica atendendo um paciente, para que as pessoas possam sair renovadas e transformadas. Como educador, cada vez mais eu entendo que este é o caminho.”




Caminhos do futuro
Dando continuidade, o palestrante da noite, Fernando Delfiol, que é gestor e gerente de produtos, trouxe um paralelo entre o mundo digital e a gestão de negócios em Saúde. Segundo ele, as similaridades e os desafios entre a sua área de atuação e a da Saúde estão interligados em trabalhar a questão da experiência do cliente junto à tecnologia, atendendo diferentes gerações, aumentando a receita e reduzindo as despesas, tudo isso sem quebrar normas.
Ele relacionou o mundo digital, cada vez mais acelerado, com a utilização de serviços de streaming e de aplicativos de mobilidade e de delivery, indicando que muitas vezes as pessoas passam horas na frente da televisão escolhendo um filme ou uma série, sem conseguirem se decidir, por medo de perder uma oportunidade – em inglês, o termo é fear of missing out, ou apenas fomo – que se resume no receio em estar gastando o tempo com uma coisa, mas ter outra melhor por perto e ter desperdiçado aquilo.
“Quando você começa a assistir uma série, por exemplo, se você vê o primeiro episódio e ele tem 40 minutos de duração, mas já se passaram 20 e ainda não aconteceu nada muito marcante, você vai querer parar de assistir. E onde isso se conecta com vocês? Quem não responde primeiro e melhor o paciente interessado, não ganha a fidelidade dele, ele vai passar para o próximo profissional, assim como faz com a série, entendem a mentalidade?”, questionou.
Outro ponto atrativo para fidelizar clientes e pacientes são as redes sociais. “Se você não está na internet, você não existe. Não há como combater isso. Mas há como pegar o conteúdo que você vem dando o sangue para estudar, se capacitar e entender e reverter em conteúdo de qualidade. Não resolve o problema, mas ajuda a somar quando pega a formação, a experiência e as horas trabalhadas e dá conselhos adequados para que as pessoas te ouçam ao invés de escutar um influencer qualquer.”
Para Delfiol, o profissional do futuro se resume em alguém que, além de ter domínio de sua própria especialidade, também é um gestor, estrategista e comunicador digital. Além disso, ele salientou a importância do networking para garantir parcerias no mercado de trabalho e concluiu que, gradualmente, todos os profissionais farão parte da área de tecnologia.

Habilidades
Em seguida, Luciana Bento, consultora de relacionamentos e constituições de ensino do CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola), falou sobre o desenvolvimento das habilidades, hard skills e soft skills. A representante trouxe as atividades sociais promovidas pela empresa, além de descrever o que é o programa de estágio e as suas peculiaridades. “É importante vocês entenderem que precisamos de constante atualização e temos que nos renovar e estudar. Habilidades como comunicação, trabalho em equipe, resolução de conflitos e de liderança são essenciais.”
A palestrante trouxe uma lista da Forbes revelando o que os profissionais precisam ter no mercado de trabalho até 2030. Entre as qualificações, estão alfabetização digital, comunicação assertiva, trabalho sustentável, pensamento crítico e analítico, habilidades com dados, utilização de plataformas virtuais de trabalho colaborativo, pensamento criativo, inteligência emocional, iniciativa e proatividade e habilidades de liderança. “Precisamos olhar para elas como uma atividade de autoavaliação”, concluiu.

Texto e fotos: Julia Rohrer