Felicidade no trabalho é tema de live promovida pelo IESAPM e ABQV

Encontro foi ministrado por Karla Kurtz e moderado por Samia Samurro

Na última terça-feira, 16 de dezembro, o Instituto de Ensino Superior da Associação Paulista de Medicina (IESAPM), em parceria com a Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV), realizou a live “Felicidade no Trabalho: Evidências, Estratégias e Realidade”.

A palestra foi conduzida pela médica do trabalho e diretora de educação e conhecimento da ABQV, Karla Kurtz, e moderada pela psicóloga e coordenadora do MBA em Gestão Estratégia em Saúde e Qualidade de Vida Integrada ao Negócio, Samia Samurro, explorando a felicidade sob perspectivas científicas, econômicas e organizacionais.

Durante o debate, Karla Kurtz destacou que a felicidade vai além do sentimento individual, sendo influenciada por pilares da Psicologia positiva como engajamento, relacionamentos e propósito. Do ponto de vista socioeconômico, a especialista conectou o bem-estar aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), ressaltando que condições dignas, igualdade de gênero e redução de desigualdades são fundamentais para uma felicidade coletiva.

Como exemplo prático, citou a Finlândia, que lidera rankings globais devido a políticas sociais robustas, e o Butão, que utiliza a Felicidade Interna Bruta (FIB), priorizando a governança, a cultura e o meio ambiente em vez de apenas indicadores financeiros. Atualmente, o Brasil ocupa a 36ª posição no Relatório Mundial da Felicidade, apresentando uma leve melhora em relação ao ano anterior.

Felicidade no Trabalho

No contexto corporativo, foram discutidos conceitos essenciais como o “estado de flow”, que ocorre quando o profissional utiliza altas habilidades em desafios compatíveis, evitando a ansiedade. A médica diferenciou a satisfação no trabalho – ligada a fatores como salário e clima organizacional – do engajamento, que é um estado mental de vigor e inspiração.

Além disso, mencionou o modelo híbrido de Kahneman, que sugere que o bem-estar real deriva mais do feedback, habilidades e conexões positivas no dia a dia do que da remuneração e benefícios isolados.

Por fim, o encontro trouxe dados preocupantes de um estudo recente da The School of Life, publicado em fevereiro de 2025. A pesquisa revelou um aumento na infelicidade e no esgotamento emocional entre líderes e liderados, motivado principalmente pela falta de equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

A conclusão reforça que uma organização saudável é aquela que prioriza o acolhimento, a transparência e o apoio emocional, transformando o ambiente de trabalho em um espaço genuíno de crescimento coletivo.

Foto: Reprodução live

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